Por Vitoriano Bill
Quem
acredita em jornalismo imparcial?
Eu
não acredito. Na estrutura social que vivemos, não há como um jornalismo ser
imparcial, uma vez que ele é ferramenta de disputa de poder.
E
não há nada mais ridículo e mentiroso que ‘ESSE É SEU JORNALISMO IMPARCIAL’.
É só
olhar a cobertura do projeto de lei 132. Se o jornal for de um grupo ligado ao
prefeito a notícia sempre tenderá falar bem do projeto. Já se for de um grupo
ligado à oposição a notícia penderá para negar o projeto.
Um
dia desses estava proseando com um cinegrafista e uma repórter de uma certa tv
local, eles falaram o seguinte: ‘dessa vez estamos numa situação confortável,
pois somos o jornal da oposição, e estamos defendendo o interesse do povo de
verdade’. Foram honestos e expuseram um sentimento que de certa forma lhes
incomodam.
Alguns
jornalistas tem noção do seu papel na sociedade. Até cumprem a missão de
deformar a notícia, de desinformar o povo, mas, muitas vezes para garantir seu
salário no fim do mês. Errado igual a todos, mas não se orgulham! Mas tem outros que fazem isso com todo seu
prazer que chega a ser grotesco. Parece que tem como missão pessoal atacar o
povo e criminalizar suas lutas populares.
Quem
colocou em sua matéria ou comentário que a briga entre Armando Aragão e Loredan
Melo foi por conta de uns seguranças particulares contratados pelos vereadores
do governo municipal? Pois é. A briga foi um papelão para os dois vereadores,
mas a causa foi essa. E por que a Câmara precisaria de seguranças particulares,
já que havia a tropa de choque lá? Algum jornal questionou isso?
Não.
Mas, teve um que se prestou ao papel de dizer “aquela juventude lá fazendo
bagunça num sabia nem o que estava fazendo lá”. É mais fácil questionar a ação
do povo, do que questionar a ação dos parlamentares, principalmente os
parlamentares de seu grupo de afinidade.
Isso
é jornalismo imparcial. Jornalismo que deforma, desinforma e empobrece a visão
sobre os fatos.
Todos têm um lado, ou
do opressor ou do trabalhador. Esses que temos visto aí, optaram pelo lado do
opressor. Defende a privatização, o saque à riqueza coletiva.