Por Vitoriano Bill
A
mídia burguesa e o O Conselho Federal
de Medicina (CFM) foram com tudo pra cima de Dilma e companhia por conta
do Programa Mais Médicos.
O Mais Médicos é uma iniciativa do governo
federal que compõe um pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com
investimentos em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde, e levar mais
médicos para regiões onde há escassez e ausência de
profissionais.
Dentre os países que exportarão profissionais ao paraíso
tupiniquim está incluso Espanha, Portugal e Cuba. Da pequena ilha Socialista o
governo espera até o fim do ano um total de 4 mil médicos.
É aí que reside a briga!
Os médicos brasileiros ao se formarem não querem por diversos
motivos ir pra cidades do interior. E os poucos que se dispõe, sua maior
preocupação é enricar e não cuidar de vidas de pessoas que necessitam dos
serviços públicos.
No caso de Altamira por exemplo, os médicos primeiro fazem o
atendimento nos seus consultórios particulares, pra só depois atender os
pacientes do SUS num tempo recorde de cinco minutos.
Na folha de pagamento da prefeitura de Altamira, tem “doutores”
que acumulam um provento de R$ 60 mil reais. Já os médicos cubanos, estão vindo
por um acordo entre Brasil e Cuba, através da Organização
Panamericana de Saúde (Opas), e receberão uma remuneração individual
de R$ 10 mil reais.
Os Médicos Cubanos estão vindo por uma missão
de solidariedade ao nosso país. Não é o financeiro o norteador da questão, é o
serviço prestado á milhares de pessoas abandonas por um serviço essencial a
vida: SAÚDE.
Enquanto a elite retrógrada procura argumentos
pra inviabilizar o Programa, como Adib Jatene-ex-ministro da saúde e pai da
CPMF- em entrevista no Entre Aspas da Globo News, disse que o problema da vinda
dos médicos cubanos aos Brasil é que na grade curricular do curso de medicina
da Ilha socialista, tem a disciplina Introdução à Filosofia Marxista. Já os
usuários do SUS veem médicos pra lhes atenderem em tempo hábil tanto na
prevenção, quanto no tratamento às doenças.
Veja que o problema é ideológico! E que afeta
diretamente na vida de trabalhadores e trabalhadoras dependentes do sistema
público de saúde.
A região impactada por Belo Monte receberá dois
desses profissionais, o que não é o bastante, mais já atenua nossa triste
realidade.
Triste e cruel realidade porque temos pessoas
morrendo por falta de atendimento médico todos os dias em todo país.
No inicio do mês na escola que trabalho, uma
aluna desmaiou por conta de um problema de saúde que por senso comum suspeitávamos
que ser neurológico. O ocorrido não foi a primeira vez, só comigo em sala foi a
terceira. Segundo a mãe dela, um pedido de atendimento especializado já havia
feito aniversário na central de regulação.
A diretoria da escola tomou uma decisão, leva-la
direto para o Hospital Regional (de Alta Complexidade), e assim foi feito, eu
mais uns alunos levamos ela até um táxi-já que a ambulância não apareceu- e a
Diretora levou a aluna para o Regional, por sorte o portão estava aberto e
entraram direto pra emergência. Ao chegarem na recepção- a aluna ainda desmaiada-
o que todos se perguntaram é como entraram no hospital, em vez de prestarem o
socorro imediato à paciente.
Por fim, ela ficou internada e passou por uma
bateria de exames, e confirmaram o problema neurológico. A questão agora é ela
continuar o tratamento num sistema de saúde falido, e sem profissional pra
atender.
Saúde não é mercadoria! E os cubanos estão
dando um exemplo ao mundo, e sobre tudo aos médicos brasileiros. As pessoas que
estão morrendo sem atendimento não querem nem saber de ideologia, querem saber é
que serão cuidadas e terão sua saúde reestabelecida.