Por Vitoriano Bill

A Indonésia,
um arquipélago transcontinental (fica entre a Ásia e a Oceania), roubou a cena
nos nossos noticiários nesses últimos dias. O motivo foi a execução de pena de
morte do brasileiro Marco Archer, preso por tráfico de drogas. Várias
Organizações de Direitos Humanos, e a Presidente Dilma pediram clemência, mas
o Presidente Indonésio, Joko Widodo, não atendeu à nenhuma das solicitações, e
o brasileiro, juntamente com mais um holandês, um nigeriano, e um cidadão do
Malawi foram fuzilados.
O fato causou
várias discussões à cerca da pena de morte. Do meu ponto de vista, é uma
tremenda violação de direitos humanos.
No entanto, o
Brasil não tem muito respaldo pra criticar a Indonésia. Lá a pena de morte é
regulamentada, prevista em lei. Aqui, no Paraíso Tupiniquim, há pena de morte,
há execuções por fuzilamentos. Tal como lá, aqui, “BANDIDO BOM, É BANDIDO
MORTO”, ou estou equivocado?
Nesse caso, a
grande diferença entre Brasil e Indonésia, é a hipocrisia que impera nas bandas
de cá. Oficialmente não condenamos nenhum cidadão à morte, mas temos a Polícia
que sobe os morros ou desce os baixões pra matar, principalmente a juventude, e
mais ainda a juventude negra. Quando não é a Polícia fardada, criam-se os
grupos de extermínio, e a matança rola solta.
Assim como o
Presidente Joko Widodo, nós também justificamos as condenações à morte. Estou
exagerando? Então, aos de Altamira,
busquem aí na memória de vocês como souberam do assassinato
do SOMBRA. E agora mais recentemente do NEGO FRANÇA. Me digam se no início ou
no fim da notícia não tinha algo assim: “O MESMO JÁ ERA VELHO CONHECIDO DA
POLÍCIA”.
Mesmo de
forma inconsciente estamos justificando o assassinato dessas pessoas, e por
consequência concordando.
Outras
pessoas, vão mais longe e diz: “GRAÇAS À DEUS, MENOS UM!”.
No tangente à
pena de morte, a Indonésia também é aqui.