Por Vitoriano Bill
A
sociedade burguesa conta com vários instrumentos de dominação social que se
divide basicamente em duas categorias: dominação pela força (a policia como
exemplo) e dominação ideológica (escola, e igreja como exemplo).
De
acordo com Poulantzas, os instrumentos de dominação ideológica tem a missão de
criar e disseminar o consenso entre as massas para que a burguesia tenha condições
para a existência e manutenção do poder na sociedade capitalista.
Nesse
sentido AS IGREJAS, têm um grande
papel, sendo um dos instrumentos massivos em nossa sociedade, com um discurso
afinado sobre salvação, cura e prosperidade, e uma moral inviolável.
Com
toda sua capacidade, todas as forças reacionárias estão inseridas na igreja,
afim da manutenção do status quo da classe vigente no poder. Não fica difícil concluir que as igrejas,
tornam-se também instrumentos de repressão e exploração de nossa atual
sociedade.
Peço
aos caros que ora leem este texto, por favor, não me levem a mal. Essas linhas
escritas não são contra nenhuma religião, ou algo do tipo, mais contra os LÍDERES que estão à frente de IGREJAS
para se promoverem, ascenderem socialmente e não cumprem seu papel de PASTOR.
Hoje
em dia vemos Bispos, Pastores e até Padres fincados na política partidária, em
siglas que historicamente só tem suprimido os direitos do povo. Esses líderes
usam-se de suas influencias perante os fiéis para se elegerem ou elegerem
alguém de seu grupo de interesse. Ficando os fiéis como moeda de troca em
negociatas para beneficiar esse ou aquele.
Infelizmente,
as igrejas são monopólios geridos por grupos familiares, onde a fé alheia é
apenas uma ferramenta pelo qual essas famílias irão alcançar seus objetivos.
O
fazer politica é acima de tudo um ato de solidariedade, pois tem de ser capaz
de impactar positivamente a vida de uma sociedade. No entanto, não é essa nossa
realidade.
E
nossos líderes religiosos ao se inserirem na politica institucional deveriam dá
um novo norte na práxis cotidiana do poder legislativo e do executivo,
entretanto, não é assim que tem ocorrido
os fatos.
Em
Altamira, estamos tendo um exemplo palpável do que estou falando. A família Mendes,
que agora faz parte do executivo municipal, não aceita contestações dos membros
da igreja em relação ao governo municipal.
Em
João 10. 11, vemos que “O Bom Pastor dá a vida pelas ovelhas”, não as condenam
ou as excluem.
Pra
mim essa conversa de que politica e religião não pode se misturar é papo furado,
afinal é na politica que são feitas as leis que afetaram a vida de cristãos,
macumbeiros, espiritas, ateus e etc; porque não pode se misturar?
O
que não se deve é interesses particulares se sobrepujar aos interesses
coletivos, e é isso que ocorre na politica, e infectou as igrejas. Os Pastores esqueceram-se
das ovelhas abandonadas ao relento no campo.
Marthin Luther King, um grande exemplo de pastor, tornou-se
um ícone mundial na luta contra a segregação racial nos Estados Unidos da
América. Esse cuidava das ovelhas...
Já em Altamira não, os pastores não podem fazer isso, é mais fácil
se juntar aos opressores. E se forem questionados por um membro, fará este se
tornar um herege perante toda a igreja.
Em Isaias 61.1, temos que o Bom Pastor foi enviado para “
Proclamar a libertação aos cativos e pôr em liberdade os algemados”, acho que
boa parte dos Pastores esqueceram disso, ou lembram-se apenas das passagens que
lhes interessam, como as que alimentadoras da teologia da prosperidade.
As Igrejas, somos nós, os fiéis a um Deus de Justiça. O Pastor, é
aquele que zela por esse fiéis sem segundas intenções, o resto, o resto
concluam vocês...Se abandonar os fiéis deixa de ser Pastor.