Por Vitoriano Bill
Hoje
(29) Altamira presenciou uma reintegração de posse com derrubada de dezenas de casas,
deixando várias famílias desabrigadas.
Não
é de agora que uma das grandes crises das cidades é o déficit habitacional.
Muitas vezes essas famílias que não tem aonde morar na cidade, já tornou-se
urbano por ter sido expulso pelo avanço do latifúndio no campo. Agora são vítimas
da especulação imobiliária.
Em
Altamira a população sofre com o enorme inchaço populacional. Como agravante,
várias empresas implantam projetos de loteamento pra especulação, que eleva
cada vez mais o valor de um lote urbano. A terra reintegrada no Bairro
Independente 3, por exemplo, os moradores que estavam ocupando lá, se
propuseram a negociar com o reclamante da posse. Mas ele preferiu demolir as
moradia pra, segundo informações, fazer um loteamento e vender a preços
inacessíveis aos ocupantes dali e à qualquer trabalhador assalariado.
Juntando
a isso, ainda temos a famigerada concentração de terra, que muitas vezes está
sem qualquer tipo de uso.
Não
dá pra tratar as famílias que fazem ocupação simplesmente com um enorme efetivo
policial. Faz-se necessário uma resposta que dê conta de sanar essa debilidade
por falta de uma política habitacional na região.
O
cenário habitacional que vivemos nesse momento precisa de uma força-tarefa
entre união, estado e município para que ao menos déficit habitacional diminua
há números que atenue os conflitos por aqui.
Antes
da reintegração, os ocupantes da área foi à Prefeitura Municipal de Altamira
pra saber como o governo municipal poderia intervir à favor das famílias
ocupantes, nenhuma reposta favorável. Depois da reintegração efetivada, não se
viu nenhum posicionamento por parte da prefeitura, com sua Assistência Social.
A
luta por um teto é uma luta justa e necessária, que os entes governamentais se
manifestem pra garantir um dos Direitos Constitucionais mais importantes: a
moradia.